Confirmada origem marciana do meteorito que caiu em Marrocos

20-01-2012 14:27
Sociedade Internacional de Meteoritos e Ciência Planetária descreve Tissint no seu boletim oficial

 

O meteorito que caiu Julho passado em Marrocos veio de Marte, concluiu a Sociedade Internacional de Meteoritos e Ciência Planetária (International Society for Meteoritics and Planetary Science – ISMPS). No seu boletim, a instituição apresenta os pormenores deste meteorito, baptizado como Tissint.

Ao todo, são sete quilogramas de material rochoso que se separam em partes que vão desde um grama até um quilograma, explica Edward Scott, presidente da ISMPS, composta por 950 cientistas, incluindo elementos da NASA.

 

 

A maioria dos meteoritos, objectos de rocha e metal que se desprendem de corpos do sistema solar e depois de viajarem pelo espaço podem colidir com a Terra, não é observada ao cair. Normalmente, são encontrados muito tempo depois, sendo imediatamente submetidos a uma série de testes forenses para que seja determinada a sua proveniência.

A importância de Tissint prende-se com o facto de os restos terem caído em Julho e serem recuperados em Outubro, tendo sido pouco afectados com o contacto com a Terra. “As rochas de Marte são muito valiosas e esta é particularmente importante já que a sua chegada é recente e poderá estar livre da contaminação terrestre”, acredita Edward Scott.

Este meteorito é o quinto a chegar de Marte com “testemunhas” do embate. Há registo de outros 55 meteoritos com origem do mesmo planeta. A NASA confirmou a autenticidade da proveniência do meteorito.

Dwayne Brown, um dos porta-vozes da NASA acredita que esta é uma oportunidade para se estudar as condições antigas de Marte, incluído as que seriam necessárias para haver vida.

O meteorito Tissint atingiu a Terra na madrugada do dia 18 de Julho de 2011. Várias pessoas observaram uma bola de fogo no vale do Rio Drá, a este da região de Tata, Marrocos.

No seguinte mês de Outubro, as comunidades nómadas do deserto começaram a encontrar pedras pouco comuns cobertas com uma ‘casca’ preta, com cristas na camada exterior e algumas zonas mais brilhantes.

 

Fonte/Adaptado de: Ciência Hoje