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Elementar, meu caro Watson

23-02-2011 10:09

A IBM encontra-se a desenvolver, com sucesso, asinale-se, um novo supercomputador, Watson de seu nome. O que distingue este supercomputador de outros que ousaram interagir e competir com seres humanos é a capacidade de Watson para interpretar correctamente informação subjectiva e quase subliminar, conseguindo identificar segundos sentidos nas palavras, truques de semântica e conceber perguntas com base num enunciado. Watson foi testado no famoso concurso Jeopardy!, transmitido, com grande sucesso, há muitos anos, em canais televisisvos dos Estados Unidos e Reino Unido. Neste concurso televisivo são apresentados enunciados aos concorrentes aos quais estes devem responder formulando uma pergunta adequada ao mesmo. Estes enunciados estão cheios de palavras em calão, gíria ou mesmo trocadilhos. Anteriormente julgava-se que apenas a mente mais maleável de um ser-humano poderia ser capaz de "ler nas entrelinhas" mas Watson parece ter mostrado o contrário. O super computador foi capaz de aprender a responder para jogar o Jeopardy! e fornecer respostas correctas em menos de 3 segundos, conseguindo competir com e vencer os melhores concorrentes humanos. Para atingir este resultado Watson contou com uma extensa base de dados equivalente a 200 milhões de páginas de informação. Mas o feito não está simplemente na capacidade de armazenamento mas sim na forma como a informação guardada é relacionada e posteriormente utilizada.

Recorde-se que esta não foi a primeira vez que a IBM colocou as suas máquinas a defrontar humanos. A mais famosa ocorreu em 1997, quando o super-computador Deep Blue derrotou o campeão de xadrez Garry Kasparov. Para poder competir neste jogo de tabuleiro, a IBM equipou uma máquina com um processamento hiper-veloz e que conseguia calcular 200 milhões de movimentos de xadrez por segundo tendo por base um problema fixo.