Boeing anuncia planos para colocar turistas em órbita

25-09-2010 14:44


A Boeing anunciou planos para colocar turistas em órbita mas os voos espaciais com a cápsula de concepção própria estão ainda indefinidos

Concepção artística da cápsula CST-100 que abriga até sete pessoas a bordo
Concepção artística da cápsula CST-100 que abriga até sete pessoas a bordo


A Boeing entrou no ramo do turismo espacial e promoverá passeios turísticos na órbita da Terra. A empresa anunciou a iniciativa privada espacial em conjunto com a Space Adventures, no passado dia 15 de Setembro.

O futuro dos vôos espaciais privados permanece incerto, pois ninguém pode dizer com certeza como as empresas irão gerir a iniciativa nas próximas décadas  cativar mais do que um punhado de clientes endinheirados. Até agora, o turismo espacial tem sido o território de pequenos, como a Space Adventures e a Armadillo Aerospace.

A participação da Boeing fornece algum músculo corporativo para o negócio privado espacial, mas as suas contribuições ainda são imprecisas. Um comunicado de imprensa emitido pela Boeing e pela Space Adventures confirma apenas um acordo para vender "os serviços de transporte antecipado" para particulares, empresas e até agências do governo americano. Os foguetes podem ser da United Launch Alliance, co-propriedade da Boeing e Lockheed Martin, ou da SpaceX, empresa liderada pelo cofundador do PayPal, Elon Musk.

A CST-100, que abriga até sete pessoas a bordo, está a ser desenvolvida pela Boeing com a ajuda de da Nasa que investiu US$ 18 milhões, e poderá ser utilizada para o transporte de astronautas para a Estação Espacial Internacional (ISS) a partir de 2015 (com os turistas espaciais logo de seguida).

Mesmo sendo uma estimativa optimista, o vice-presidente da Boeing, John Elbon, disse em entrevista colectiva que a empresa dedicou tempo integral para o desenvolvimento da cápsula. A cápsula está projectada para suportar as estações espaciais privadas em órbita terrestre baixa imaginadas pela empresa Bigelow Aerospace, empresa liderada pelo magnata Robert Bigelow.