A droga do amor

16-10-2010 21:44

 

Investigadores descobriram que a paixão segue mesmos caminhos das drogas analgésicas.


Descrição: https://www2.uol.com.br/sciam/img/px_branco.gif

 

 

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Novas pesquisas mostram que sentimentos românticos intensos podem realmente aliviar a dor física através das mesmas vias neurais das drogas sintéticas.

Olhar Simplesmente  para uma fotografia de sua (seu) amada (o) fez com que os voluntários de um estudo recente fossem capazes de reduzir substancialmente a dor. O efeito ocorre graças a um impulso nos centros de recompensa do cérebro, de acordo com resultados publicados a 13 de Outubro na PLoS ONE.

"As áreas do cérebro activadas pelo amor são as mesmas que o uso de drogas utiliza para reduzir a dor", disse Arthur Aron, professor de psicologia da State University of New York em Stony Brook e co-autor do novo estudo.

Para assegurar níveis necessários de paixão, os pesquisadores recrutaram pessoas que estavam nos primeiros nove meses de um novo relacionamento. "Nós queríamos que os indivíduos ainda tivessem a sensação de euforia", relatou Sean Mackey, professor na faculdade de medicina da Stanford University e co-autor do estudo.

“Quando o amor é descrito, de certa forma soa como um vício" observou Mackey. "Nós pensamos que talvez isso não envolva sistemas similares do cérebro como aqueles envolvidos em vícios, fortemente relacionados com a dopamina. Mas o amor também faz o cérebro explodir a níveis mais elevados de neurotransmissores de dopamina”, completa.

Os investigadores usaram ressonância magnética para estudar o cérebro dos 15 participantes, enquanto estes olhavam para fotos dos seus parceiros.

Durante o estudo, os indivíduos eram levemente machucados e em seguida, informavam o nível da dor experimentada. "Quando as pessoas estão nesta fase, registaram-se alterações significativas no seu humor e na experiência de dor", observou Mackey.

O amor funciona como uma anestesia para algumas dores, activando estruturas profundas que podem bloquear a dor desde a coluna vertebral.

Assim, o "calor da paixão" poderia ajudar a derrubar a necessidade de alguns analgésicos. Mas, devido à activação excessiva dos centros de recompensa e prazer do cérebro,  não poderão as pessoas ficar dependentes e viciadas no amor?