Café com efeito protector contra o cancro
O programa “Café e Saúde” foi implementado em Portugal, em 2007
O consumo de café pode estar directamente relacionado com um menor risco de desenvolver cancro. A conclusão pertence a um estudo realizado por investigadores chineses e divulgado pela BioMed, que analisou 59 análises realizadas sobre o tema, as quais foram previamente avaliadas e seleccionadas com base em variados critérios de confiabilidade. O estudo verificou que o consumo de cada chávena de café por dia (125 mililitros) significava uma redução de três por cento no risco de desenvolver vários tipos de cancro, nomeadamente: bexiga, mama, boca, faringe, colo-rectal, endométrio, hepatocelular, esófago, pâncreas, leucemia e próstata. Até agora, os benefícios do café apenas estavam associados ao último.
Por ano morrem, em Portugal, entre 20 mil a 25 mil pessoas de cancro (1/4 a 1/5 da mortalidade global). O cancro constitui assim a segunda causa de morte em Portugal, depois das doenças cardiovasculares. A mortalidade por doenças cancerígenas é mais elevada no homem do que na mulher (1,8 homens; 1,0 mulheres), sendo os cancros mais mortais, em Portugal, os da mama nas mulheres (32por cento) e os da próstata nos homens (33 por cento).
O programa “Café e Saúde” foi implementado em Portugal, em 2007, pela AICC (Associação Industrial e Comercial do Café) com o objectivo de mudar a atitude dos profissionais de saúde relativamente ao consumo de café.
É uma iniciativa de informação, dirigida a profissionais de saúde, que procura esclarecer e desvendar mitos sobre a ingestão do café, reunir evidência científica quanto aos benefícios inerentes ao seu consumo na prevenção de algumas patologias e estimular o conhecimento específico sobre esta temática. Criado pela OIC (Organização Internacional do Café) apoia, actualmente, programas em Portugal, Espanha, Alemanha, Itália, Finlândia, França, Holanda, Rússia e Reino Unido.