Hoje não me apetece dizer nada...

17-05-2012 10:31

O que ocorre no cérebro humano que condiciona a vontade? Será apenas uma questão involuntária dependente de processos bioquímicos, que através de neurotransmissores procedem à modulação do comportemento e da vontade do indivíduo, ou estará, a vontade, associada à vontade da pessoa, isto é, o indivíduo conscientemente predispôr-se a nada fazer? Um pouco das duas.

Carência de determinados neurotransmissores, como a dopamina mas não só, pode desencadear episódios depressivos, com afectação do humor e do estado de espírito, o que impactará na predisposição para as actividades diárias do indíviduo.

Os seres humanos se entristecem ou se alegram com facilidade, em decorrência de acontecimentos da vida. Essa experiência, de flutuações diárias em
nosso afeto, é universal e normal. Em algumas pessoas, no entanto, estas flutuações se tornam excessivas em termos de intensidade e/ou duração,
passando a interferir de forma significativa em seu cotidiano. Nesses casos, encontramo-nos diante de um transtorno afetivo. Por outro lado, quando
uma pessoa sofre uma perda significativa, como a morte de um filho ou do esposo, a separação de um cônjuge, a perda do emprego, ou é acometida por uma doença grave, a tristeza pode ser muito intensa e prolongada, caracterizando um quadro de depressão mental.

Atuação dos Neurotransmissores na Depressão, Andrade et al.

Substâncias ingeridas, ilegais ou ilegais podem, igualmente, actuar sobre o sistema nervoso central e alterar o comportamento individual e de massas. Mais uma vez a acção incide sobre os nerutransmissores, via um aumento da sua produção ou uma "activação" dos mesmos.

Mas o que leva uma pessoa aparentemente normal e até enfadonha de tão vulgar, a esmurrar um colega de trabalho ou decidr dar a volta ao mundo e desaparecer de repente da vida dos que lhe são mais próximos? Estranho mundo este...

A pessoa, pode, de forma consciente, condicionar a sua vontade. Será essa uma verdeira acção voluntária ou, de novo, um reflexo da acção (ou inacção) automatizada dos respectivos neurotransmissores? Ou será uma questão de genética? E será que...... Não é fácil determinar. O que eu sei é que, hoje, não me apetece dizer nada...