Sonda Kepler descobre mais 11 sistemas planetários
Nos sistemas agora encontrados existem pelo menos 26 exoplanetas
A missão Kepler, da NASA, continua a descobrir exoplanetas a um bom ritmo. A agência espacial norte-americana confirmou a existência de onze novos sistemas planetários dos quais fazem parte, pelo menos, 26 planetas. Estes orbitam relativamente perto das suas estrelas e têm 1,5 vezes o tamanho da Terra chegando alguns a ser maiores que Júpiter. Observações futuras determinarão quantos deles são rochosos, como o nosso, e quantos possuem densas atmosferas gasosas. As órbitas dos 26 têm entre seis e 143 dias de duração. Todos eles estão mais perto da sua estrela do que Vénus do Sol.
Cada um dos sistemas confirmados contém entre dois e cinco planetas. Alguns deles estão tão próximos entre si que as suas forças gravitacionais fazem com que acelerem ou retardem as respectivas órbitas.
Cinco dos sistemas (Kepler-25, Kepler-27, Kepler-30, Kepler-31 e Kepler-33) contêm pares de planetas em que o que se encontra mais próximo da estrela completa duas órbitas à volta da mesma enquanto o outro faz apenas uma.
O que tem mais planetas é o Kepler-33, uma estrela mais velha e massivo do que o Sol, à volta da qual giram cinco planetas, entre 1,5 e cinco vezes o tamanho da Terra. Todos eles estão mais próximos da sua estrela do que Mercúrio do Sol.
2300 candidatos a confirmar
Em apenas dois anos, a missão Kepler já confirmou a existência de 60 planetas num pequeno espaço do céu e dispõe de uma lista de 2300 candidatos. Antes de o projecto começar conheciam-se 500 planetas extra-solares em todo o universo.
Estes resultados confirmam que a nossa galáxia, a Via Láctea, está densamente povoada de planetas de todos os tamanhos e órbitas. A técnica utilizada pela sonda espacial consiste em medir repetidamente as mudanças de luminosidade de mais de 150 mil estrelas para detectar a passagem dos planetas à sua frente.
Quando isto acontece, os instrumentos da sonda são capazes de captar a pequena sombra que o novo planeta projecta sobre outros.
Fonte/Adaptado de: Ciência Hoje