Viajante no tempo, ilusão de óptica ou apenas... nada?

05-11-2010 12:06

O realizador irlandês George Clarke, ao rever o Behind the Scenes da estreia do filme de Charlie Chaplin de 1928 The Circus (O Circo)  parece ter dado de caras com o que parece ser uma transeunte em animada conversa com alguém no seu telemóvel. Normal. Seria normal hoje, mas não esqueçamos que estávamos em 1928. Clarke afirma ter visto e revisto o filme centenas de vezes e apresentado o  mesmo (ou melhor, a sequência em questão) em diversos festivais de cinema sem que alguém tenha apresentado uma resposta totalmente esclarecedora. Segundo Clarke, esta personagem seria, conseuquentemente, nada mais nada menos do que uma viajante do tempo. Intrigante mas um tanto ou quanto descabido, pois mesmo que fosse uma viajante temporal estaria a falar com quem? Onde estava a rede que permitiria ao telefone funcionar e comunicar? Onde estava o destinatário da chamada? Ou melhor, quando estava o interlocutor da chamada?

 

Pessoalmente não creio na possibilidade da viagem no tempo, pelo menos no sentido em que será possível viajar entre dois pontos bem determinados do tempo como se de uma simples viagem Lisboa-Porto se tratasse. Tal implicaria demasiados paradoxos que tornam essa hipótese inviável ou pelo menos absolutamente dependente de um caos determinístico. No entanto o filme não deixa de ser curioso. Veja por si mesmo...